Dificuldades de Aprendizagem x Conflitos Familiares
Muitos pais me procuram na busca
de maiores informações sobre os motivos das dificuldades escolares e de
aprendizagem apresentadas por seus filhos, entretanto observo que os mesmos, na
maioria das vezes encontram-se muito ansiosos e consequentemente despreparados
para lidar com tal situação, apresentando comportamentos que podem dificultar
ainda mais o processo de aprendizagem da criança, interferindo em sua auto-estima
gerando insegurança e descrença de suas capacidades.
Apesar do medo dos pais, de seu
filho apresentar alguma sintomatologia clínica, a busca por um diagnóstico que
justifique tais dificuldades parece confortar e até mesmo tranquilizá-los, pois
desta forma, sabendo “supostamente” com que estão lidando é possível conviver
melhor com a nova situação.
Na prática clínica realizamos
testes psicopedagógicos e psicológicos, anamnese, entrevistas com pais, com a
criança, professores e se necessário com parentes próximos, além de encaminhar
a neuropediatras quando necessário, mas em minha experiência clínica, descartando
os distúrbios biológicos, neurológicos e mentais, observei que muitas das
dificuldades de aprendizagem são reflexos de problemas emocionais momentâneos da
criança, seja originados em seu lar por problemas de convivência, separação dos
pais e discussões frente a criança, a chegada de um novo irmão, a inserção em
uma nova escola, bullying e até mesmo pela ansiedade dos pais, que cobram seus
filhos não respeitando suas fases de desenvolvimento e particularidades,
comparando-os com as demais crianças ou familiares de mesma ou similar faixa
etária, gerando assim, como já dito problemas emocionais que levam as dificuldades
escolares.
Não
estou aqui criticando o método de educação de cada família e sei que a criança
precisa sim ter uma rotina e realizar atividades para letramento e sua
alfabetização, mas estas precisam ser estimulantes e de acordo com sua faixa
etária, para que conhecendo as capacidades de cada criança, sejam introduzidas
ações e reflexões para se buscar novas habilidades e competências
gradativamente.
O
papel dos pais deve ser de ajuda, apoio e suporte, auxiliando seus filhos nas
situações cotidianas aproveitando cada momento para se aprender, não de forma
severa e sufocante querendo que seu filho saiba tudo, mas utilizar os momentos
e aproveitar os questionamentos das crianças, ensinando-as de forma agradável,
tornando-as curiosas pelo aprender, pois sabemos que as experiências
educacionais introduzidas nos primeiros anos de vida podem gerar formas
positivas ou negativas pela busca do aprender.
Busque formas de estar mais com
seu filho, brinque, faça atividades diárias, ajude nas tarefas, leia uma
história, pois por maior que seja o número de horas que você passa com seus
filhos, eles buscam a qualidade e não quantidade!
Se você tem alguma dúvida ou
acredita que seu filho possa estar passando por alguma dificuldade, sente,
converse, seja seu amigo, afinal você é grande modelo dele e com quem mais ele
poderia contar?
Pense nisso!
Elton Faria Bastos
Psicólogo e Psicopedagogo Clínico
Adorei Elton...conte comigo...
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